É raro encontrar uma pessoa que não goste de aproveitar uma boa tarde fazendo compras. Aproveitar as promoções, se esbanjar e comprar aqueles itens que estavam na sua wishlist há séculos, escolher uma peça de roupa ou de papelaria que você sempre quis. A sensação é ótima e poder usar aqueles itens que estávamos desejando há muito tempo é tão maravilhoso quanto. Há algumas postagens, eu comentei que a personagem Phoebe Buffay, da sitcom americana Friends, não comprava em marcas famosas, optando por bazar e mercados de pulgas. A partir disso surgiu a ideia de fazer essa publicação com o seguinte questionamento: por que não comprar em marcas famosas?
A ideia dessa postagem é refletir e debater. Opiniões de todos os tipos são sempre bem-vindas desde que o respeito seja mantido.
Alguns motivos a considerar sobre essa problemática seriam:
Mão de obra: todos os anos somos contemplados com coleções e mais coleções de roupas lindas e maravilhosas. A princípio, parecem inacessíveis para nós. Mas certas empresas convertem as modas das passarelas para lojas pertinho da gente por um precinho camarada. Porém, como essas empresas conseguem trazer peças tão caras por um preço tão acessível?
Em países onde as leis trabalhistas são praticamente inexistentes, grande maioria no continente asiático, empresas veem em seus territórios muito potencial para produção. Nesses locais, os trabalhadores levam jornadas de trabalho que excedem o normal para ganhar míseros centavos. As mulheres trabalham grávidas, há crianças e idosos também. Eles não têm direito a muitas coisas essenciais como férias, final de semana e outros.
Meio ambiente: essas peças produzidas tem uma qualidade muito inferior e logo vão se desgastando, rasgando e ficando velhas. O que você faz? Joga fora! Mas acontece que você não vai fazer evaporar, essa peça vai continuar no meio ambiente por muitos e muitos anos.
O poliéster, por exemplo, não só demora 400 anos para se decompor como também libera microplásticos em cada lavagem, ocasionando a contaminação da água. Muitos animais acabam comendo esses microplásticos, comprometendo toda a cadeia alimentar.
Por isso, antes de pensar em comprar 10 pares de calça por um preço tentador, prefira investir em uma, duas calças de qualidade e durabilidade, mesmo que você pague um pouco mais caro. Assim não só você terá uma peça com boa qualidade como também ajudará o meio ambiente.
Energia e produtos químicos: o processo de fabricação de uma roupa engloba muitas coisas. Desde a plantação do algodão, por exemplo, até a confecção e distribuição. É preciso bastante energia para transportar os materiais até as fábricas, até os distribuidores e finalmente aos consumidores. E ainda mais com a lavagem, costura, tingimento e vários outros processos na criação da peça.
Gasto de água: a água é altamente consumida em todos os níveis de fabricação de roupas e afins. 20 mil litros de água são utilizados no plantio do algodão. O processamento e o tingimento do mesmo exigem 150 e 180 litros por quilo, respectivamente. Sem contar que também é necessário água para gerar a energia para a produção das peças.
Os pontos que eu mencionei aqui se referem à roupas e afins. Na série, a Phoebe se revolta quando a Rachel compra em uma marca famosíssima de móveis (temporada 6, episódio 11), cuja produção também deve demandar uma esmagadora quantidade de materiais e afins.
O que vocês pensam sobre esse assunto? Discordam ou concordam? Sintam-se à vontade para expor suas opiniões. Toda essa postagem foi elaborada por meio de muita pesquisa e dedicação, abaixo estão os links utilizados para que vocês, se quiserem, possam conferir na íntegra as informações.