22.4.20

RESENHA: UM CASO PERDIDO | COLLEEN HOOVER


Mais uma vez me encontro naquele dilema em escrever uma resenha de um livro que me impactou, porque eu mesma desconheço os meus sentimentos com relação à esse livro. A Colleen Hoover é uma autora muito bem avaliada e a grande maioria recomenda muito seus livros, por esse motivo resolvi adquirir Um caso perdido para me acompanhar nessa quarentena. Mas acontece que esse livro me deixou com um nó na garganta e um baque terrível durante grande parte da leitura.

A história começa nos apresentando a Sky que é uma adolescente de dezessete anos que vive com a sua mãe no Texas. Ela não tem acesso à tecnologia pelo fato de sua mãe não ser muito a favor da mesma e a Sky nunca estudou em uma escola presencialmente, tendo apenas aulas domiciliares. Mas por determinado motivo, ela decide que quer estudar seu último ano do ensino médio em uma escola pública e viver todas as experiências que uma garota da sua idade está acostumada.

Apesar de ter conhecido vários garotos, nenhum deles despertou nela algum interesse e/ou atração. Até que um dia, em um mercado, ela encontra um garoto que ao mesmo tempo que a deixa encantada, ele a deixa assustada, fazendo-a sentir coisas que nenhum outro garoto provocou. Esse garoto, chamado de Holder, tem uma aparência intrigante e misteriosa que atrai Sky imediatamente. A partir desse momento, passamos a acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da relação de ambos.

Porém, algo em Holder a faz despertar memórias e sensações de seu passado, mas ainda há muito que Sky não sabe. Tanto sobre ela mesma, quanto o próprio Holder, que esconde sua parcela de segredos. A história envolve muitos mistérios e perguntas que vão sendo desvendadas a medida que a protagonista vai conhecendo mais sobre si mesma e sobre aqueles que ela menos espera.
 "Você não merece palavras, Sky. Merece ações. " - página 182
 
Eu peguei esse livro para ler com muita expectativa e empolgação, mas a partir de certas páginas comecei a enjoar da história porque pensei que fosse apenas um romance melodramático com um cara que fica bravinho e resolve dar soco na parede. Às vezes eu revirava tanto meus olhos, que temi que não voltassem para o lugar. Mas mesmo assim, resolvi continuar com a leitura. Afinal, se as pessoas recomendavam tanto esse livro é porque devia ter algo que valesse a pena.
"Não existe nada como a culpa que sentimos quando percebemos que nosso próprio coração é capaz de amar o mal." - página 328
E de fato, tinha algo. Que teria me prendido completamente à história se eu não tivesse lido algumas páginas, por pura ansiedade, e ligado todos os pontos. Por sorte, essa não era uma das únicas reviravoltas da história. Conforme ia avançando na leitura e descobrindo mais acerca dos personagens, deixei minha ignorância e desdém para com eles de lado, me afeiçoando e me colocando em seus lugares. Só em ler certas coisas, meu coração doía e um nó se formava na minha garganta.
 
Esse livro me deixou meio desestruturada e isso é tudo o que consigo concluir sobre ele, porque ainda não fui capaz de decidir se eu o amo ou se eu o odeio. Nunca tinha lido um livro que me deixasse dessa maneira. Às vezes não conseguia pegar ele para ler, porque ficava angustiada ao pensar na história e por isso passei quase um mês inteiro para conclui-lo. 

Mas, sem dúvidas, o que mais me cativou foi a coragem da nossa protagonista para encarar todos os percalços da vida que surgiam para atormenta-la. Apesar de não ter me prendido à história e/ou me afeiçoado aos personagens logo de cara e demorado muito tempo para concluir essa leitura, é uma história com personagens com passados dolorosos e muito a superar, com reviravoltas impressionantes.

Classificação:

⭐⭐⭐

Bom.
 
Saiba mais: 

Autora: Colleen Hoover

Editora: Galera Record

Idioma: Português

Ano de publicação: 2014

Páginas: 384


11.4.20

ANÁLISE: UM AMOR, MIL CASAMENTOS

Oi gente, como vocês estão? Eu estou muito bem. Fiquei um pouco ausente porque não estava muito inspirada para criar conteúdo pra cá, mas já estou de volta. Navegando pelo Instagram vi o trailer deste filme e quando fui entrar na Netflix vi que tinha sido lançado hoje (estou escrevendo isso de madrugada, relevem rs) e por impulso resolvi assisti-lo. Confesso que o único motivo que me fez assisti-lo foi porque vi que Sam Claflin estaria no mesmo. Mas sem delongas, vamos conferir um pouco sobre o filme.
Título: Um Amor, Mil Casamentos
Título original: Love, Wedding, Repeat
Lançamento: 10 de abril de 2020 (disponível na Netflix)
Duração: 1h 40min
Direção: Dean Craig
Gênero: Comédia Romântica
País: Inglaterra; Itália
Sinopse: Um Amor, Mil Casamentos apresenta diferentes versões de um mesmo dia que se repetem para Jack. Ele terá que lidar com diversas confusões como uma ex-namorada, um convidado não convidado com um segredo e um possível romance na festa de casamento de sua irmã. Para isso, Jack precisa sedar a pessoa certa, mas quem sabe as possibilidades de se beber no copo errado?

No começo do filme, somos apresentados ao casal principal, Jack (Sam Claflin) e Dina (Olivia Munn), uma simpática e agradável jornalista que ele conheceu em Roma. Mas por acaso eles acabam perdendo o contato e tornam a se encontrar no casamento da irmã de Jack, Hayley ((Eleanor Tomlinson). Animado por saber que Dina está solteira, Jack resolve aproveitar a ocasião e se reaproximar de Dina, mas tudo parece sair dos eixos quando o ex de sua irmã resolve invadir o casamento e planejar o maior vexame. 


A trama nos apresenta a diversas possibilidades que a situação poderia tomar apenas com a maneira em que oito pessoas estariam sentadas em uma mesa de casamento. Acompanhamos as realidades e como o casamento ocorre para cada uma dessas figuras que compõe a trama do filme.  

A premissa é ótima e realmente me fisgou, fazendo com que eu me concentrasse bastante ao que estava assistindo e me peguei rindo ou passando nervoso com o que o ex pretendia fazer. As cenas de comédia são realmente muito engraçadas e algumas até constrangedoras, talvez por isso acabe conseguindo arrancar boas risadas de quem irá assistir.

A atuação é ótima e eu não conhecia a boa parte dos atores, mas todos parecem ótimos em seus papéis. A trilha sonora é agradável assim como a imagem do filme.
Mas se tem algo que fica para segundo plano é o desenvolvimento do casal principal, Jack e Dina. Devido a todas as confusões que acontecem nesse casamento, o momento entre ambos acaba sendo postergado, deixando o filme apenas uma comédia e não uma comédia romântica, como anunciado. Por esse motivo, acabei não torcendo para que ambos ficassem juntos e/ou tudo desse certo para eles no final das contas, como é comum nesse tipo de filme.

Como eu estava buscando por um romance, isso acabou me deixando um pouco decepcionada, repensando a minha impressão desse filme.

Porém, não nego que é um filme legal e cumpre seu papel de fazer passar o tempo e nos distrair de todo esse caos que acontece ao nosso redor, pois nem vi o tempo passar enquanto assistia ao filme. Logo, eu recomendo se este é o tipo de filme que você curte e se você não está tão interessado no romance e quer mesmo é dar umas boas risadas.

⭐⭐⭐ 3, 5
Bom!